DIA DO DIA
Eu
declaro
Para
os mais indevidos fins
Com
o poder
De
quem nada tem
Que
hoje
-
E amanhã
E
todo dia -
Será
sempre,
Apaixonada
mente,
O
Dia
Do
Dia!
[... E
as disposições transitórias
Que
fiquem transitando
Sem
rumo
Nos
vácuos sem dó da memória
Perdidas
num museu defumado
Na
poeira do controle
Sem alma
Da
burocracia
E
nem adianta correr
E
encher as lojas
Comprar
luz, calor e nuvem
Presentear
o sol
Ou
uma lua tardia
Nem
mandar as velhas
Mensagens
singelas
Da
fonte maior da hipocrisia
Nem
pense em Juntar a família
Beber
E
fingir que celebra
A
paz, a amizade e a nostalgia:
Não
se faz o lucro de espertos
Com
a desculpa de festejar o dia...]
Por
isso declaro
-
E não interessa pra quem –
Com
base só na alegria
Que
de agora em diante
Nenhuma
data interessa:
Todo
o dia
É
Dia do Dia
(parará
tim bum!!)