9.9.13

SONATA


Uma sonata
Duas luas
Um soneto
Um sonar

O trago amargo
De um tango
E a bondade de trigo
Dos seus cabelos

Me reconheço
Na sua cintura
Meu ancoradouro
De partidas
E me amanheço na noite
Ouvindo a cantoria da chuva
E a sua respiração

Bom dia...

A humanidade
Acorda assustada
E as suas lunetas
De azul oriental
Esse impossível azul transcendental 
Se esquecem num céu de esperanças
Pulsando tranquilas
Estrelas adormecidas

Não há tempo pro medo
Eu sofro, mas vou com você
E aqueço seu rosto risonho
Até o ônibus chegar
Você vai cuidar das pessoas
E eu me conformo com as luas
Que ficaram pra traz
Procurando algum céu
De esperanças
Uma sonata
Um soneto
Um sonar






1 Comments:

Blogger Urso Cabeça said...

Lindo!

10:31 PM  

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