SEXO DAS ÁRVORES
O vento cobre a cidade
Com o sexo das árvores
A vegetal sensualidade
Que se gruda nos cabelos
Que se prende pelos pêlos
E nos deixa um pouco mais arte
Mulheres ajudam o vento
Movimentando seus quadris
(E os moinhos do meu desejo...)
Meus caminhos que não existem
Coincidem com os passos delas
E eu começo a rir sozinho
Da minha frágil humanidade
O céu já está mais claro
Perdendo o metal do inverno
Quando um risco de avião
O divide em duas partes
Eu então invento uma prece:
Azuis do norte e do sul
Não me deixem desamparado
Uni-vos no azul claro!
Mas o dia não se entrega
E aperta o seu cerco
Eu só finjo que concordo
Mas consigo fugir pelos cantos
E chuto o lixo nas calçadas
As pessoas ficam tensas
Com olhar desconfiado
Os motoristas fecham os vidros
Fecham as caras...
E viram carros
[Aveia Poética 31]
Com o sexo das árvores
A vegetal sensualidade
Que se gruda nos cabelos
Que se prende pelos pêlos
E nos deixa um pouco mais arte
Mulheres ajudam o vento
Movimentando seus quadris
(E os moinhos do meu desejo...)
Meus caminhos que não existem
Coincidem com os passos delas
E eu começo a rir sozinho
Da minha frágil humanidade
O céu já está mais claro
Perdendo o metal do inverno
Quando um risco de avião
O divide em duas partes
Eu então invento uma prece:
Azuis do norte e do sul
Não me deixem desamparado
Uni-vos no azul claro!
Mas o dia não se entrega
E aperta o seu cerco
Eu só finjo que concordo
Mas consigo fugir pelos cantos
E chuto o lixo nas calçadas
As pessoas ficam tensas
Com olhar desconfiado
Os motoristas fecham os vidros
Fecham as caras...
E viram carros
[Aveia Poética 31]
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